A felicidade de ser avó pela primeira vez é tão intensa e maravilhosa que resolvi dividir com muita gente.
Nada melhor que um blog para isso.
Todas as impressões, emoções e notícias sobre o desenvolvimento desse ser único gerado com muito amor e esperado com mais amor ainda, vou transcrever aqui.
Sejam felizes comigo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

REGISTRANDO SENTIMENTOS



Costumo dizer, no mínimo, uma vez por semana, aos meus filhos, minha nora, meu genro, minha irmã e minha mãe que os amo. A minha única filha, mulher, digo todo dia, não porque a ame mais que aos outros, mas por ser mulher entende muito bem a minha pieguice.



A todos digo através do MSN e a minha mãe, que não tem e não entende nada de computador , quanto mais de internet, o faço por telefone todos os dias (ela me liga umas duas a tres vezes por dia).



Faço isso por vários motivos. O principal é para ve-los digitar em resposta: “- Mãe, eu também te amo.



O gesto deles pode ser,na hora, mecanico, ou porque estão atarefados em seu trabalho, ou porque o corre corre da vida deles que, jovens, é muito rápida, ativa e dinamica. Mas no fundo da sua mente e do seu coração, essa simples mensagem na tela do seu computador, vai ficar registrada e, tenho a pretensão, os fará desfrutar e um dia menos estafante e mais feliz. E, no futuro, quando eu não mais estiver aqui, esse martelar constante do registro dos meus sentimentos para com eles, os faça perpetuar em dobro nos seus descendentes.



Para minha mãe, o intuito, é lembrar a ela que “estou aqui”, como sempre estive, para o que der e vier.



No final, depois das postagens, quando faço as coisas do meu dia a dia, fico com aquela cara de idiota, que só as pessoas que amam e são amadas sabem fazer.



E me regozijo por ter tantos a quem amar e tantos que também me amam.



Faço, de vez em quando, com minhas amigas também, pouco, mas faço. Gostaria de fazer mais, só não o faço porque, sem palavras, consigo também transmitir a elas todo meu amor. Mas com palavras seria bem melhor. Ainda mais pela internet, ficaria para sempre registrado. E só se deve registrar para sempre aquilo de que nunca se voltará atrás. Mas assim está de bom tamanho, tenho medo se ao faze-lo, como são tantas, poderia esquecer alguma. E isso seria imperdoável.



Parece piegas, e é. Porém espero que, quem ler esta pieguice, se aventure a fazer o mesmo e diga, a quem de direito, o que sente. Não vai fazer bem só a quem ouve, mas vai fazer muito melhor a quem o diz. Podem apostar. Experiencia própria.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MEMÓRIAS




    • Memórias de um tempo não tão distante

    Quando eu era pequena, há menos de meio século atrás, o chão era o melhor lugar para o lixo, fumava-se em qualquer ambiente, inclusive hospitais, aviões e o quarto das crianças. Negros e brancos vivam em mundos distintos, gays habitavam o armário e as mulheres, quando tomavam algumas liberdades eram chamadas de prostitutas. Caçador era herói, tinha-se armas em casa, poluição era decorrência natural do progresso. Sexo antes do casamento até acontecia, mas a união estável era destino certo. Não lembro de muitas mulheres sozinhas, fora as viúvas. Ecologia era um delírio de poucas vozes excêntricas.

    Na minha adolescência, anos 70, apesar das conquistas da revolução de costumes, não lembro de gays assumidos no colégio. Apesar de ter estudado sempre escolas públicas, raramente tive colegas negros. Na faculdade tudo melhorou um pouco, mas ainda estávamos longe das liberdades e da tolerância com as diferenças que hoje começam a ser consideradas itens não opcionais. Lembro quando comentavam que alguém era tão idoso “que viveu no tempo da escravidão”. Pois é, começo a me sentir tão idosa que venho do tempo da discriminação desavergonhada, de uma cultura de depredadores do planeta.

    Tudo isso ficou muito claro ao assistir ao seriado Mad Men, no qual ando viciada. O que me mesmeriza na série vai além da dramaturgia e elenco, é a reconstituição histórica, retrato cruel da época em que cresci, essa que descrevo acima. A história centra-se no cotidiano de uma agência de publicidade em Nova York nos anos de ascensão de Kennedy, da guerra fria. Na vida das personagens, os homens mais velhos traziam memórias da II Guerra e da Coreia (Vietnã estava a caminho), a prosperidade não escondia a barbárie e as mulheres viviam a realidade descrita por Betty Friedan em A Mística Feminina. Apesar da psicologia e a psicanálise já terem alguma popularidade, as crianças nunca eram escutadas.

    O “Dever da Memória” costuma estar associado a heróis e vítimas de tempos difíceis. Inclui desde os necessários tributos aos que souberam se posicionar com coragem, até o julgamento dos que foram indignos, criminosos. Mas os tempos duros não se restringem a guerras, ditaduras e extermínio. A vida privada também deve ser lembrada, pois na intimidade igualmente se produzem injustiças, discriminações e infortúnios e nesse sentido o passado quase sempre nos condena. É bom lembrar das conquistas, mas também do que não nos orgulha, e contar tudo isso aos mais jovens é uma tarefa que nunca deverá ter fim.



    TEXTO DE DIANA CORSO
    COPIADO DO JORNAL ZERO HORA (segundo caderno) DE 28/09/2011

DIA DO IDOSO (tardio)

Ontem foi o dia do Idoso e por não ter tido tempo de colocar uma homenagem aos idosos como deveria, até poque eu estou chegando lá. Tem também meus avós, todos já falecidos, minha mãe, vó Marcela, vó Lurdes  e todas minhas "véinhas" do meu jogo de pontinho que eu deveria homenagear. Por isso, pela falta de palavras, mais uma vez homenageio com um trechinho do meu livro que fala de minha vó Isabel.


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"Com relação a minha avó Isabel, desde que meu avo Benedicto morreu, de cirrose, ela morou com meus pais. Sempre foi uma mulher dependente que não conseguia se determinar para viver só. Quando eu, já casada e com filhos, fui morar na Walter Só Jobim ela foi junto. So´saiu de minha casa quando ficou totalmente senil e tivemos que interná-la em uma clinica para idosos. Minha mãe e seu irmão a internaram em Posadas para que ela ficasse com as pessoas que falavam seu mesmo idioma.

Nesse asilo ela até que teve uma vida relativamente boa. Divertida, pode-se dizer. Logo em seguida arrumou um pretendente. Ele estava bastante lúcido e se acarinhou pela 'abuela' Isabel. Mesmo ela senil, ele cuidava carinhosamente dela. Nos seus momentos de lucides gostava de ficar sentada ou passeando com ele de mãos dadas. Foi assim até o dia em que ele faleceu de uma parada cardíaca fulminante. Dai por diante, ela foi definhando cada vez mais até cair e quebrar o fêmur e não mais sair do hospital. Morreu numa tarde completamente alheia a tudo ao seu redor. Acreditamos que perdeu a razão de viver e foi se indo aos poucos.

Vovó era uma pessoa divertida e de tiradas surpreendentes que nos faziam rir muito, como por exemplo aquela vez em que foi a um velório em Santo Angelo e disse para nós que era uma festa. Disse brincando e nós pensando que era sério a orientamos como deveria dizer em português ao chegar na casa: - Meus parabéns! Pois ela, mesmo sabendo, mais ou menos, o que queria dizer isso, pois já tinha morado quando recém-casada no Mato Grosso, chega no velório e vai dizendo pra todo mundo: - Meus parabéns! Era um tal de risadinhas abafadas no velório que só vendo pra crer. E isso foi verdade mesmo. O Abel, genro do falecido é que contou pra nós dias depois.

Outra dela, é que adorava repetir várias vezes as palavras em português que mais gostava. As preferidas dela eram: assassino, vindouro e gafanhoto – que ela dizia “cafanhoto” -. Certo dia estavamos almoçando o costumeiro bife de picanha - na nossa casa havia picanha todo dia, mesmo quando cozinhavam galinha ou peixe. Picanha não faltava nunca. Papai gostava assim – e ela me sai com esta: - No sábado vindouro houve um assassinato por causa do “cafanhoto”. Foi um gargalhar geral. Liliana que estava com a boca cheia, se engasgou de tanto rir e tossia arroz e ovo que saiam pela boca e pelo nariz.

Por ai também, além de papai, da pra ver que eu tinha muito por quem puxar."

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Nota: livro ainda não diagramado e ainda não revisdo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Uma Bandeira Fincada no Morro- David Coimbra


Sou uma mulher exencialmente otimista, porém hoje, ao acordar e ler meu jornal, não pude deixar de me render e concordar, lamentando, a constatação na coluna do Davido Coimbra com esse título.

Transcrevo na íntegra para guardar,na espernça de um dia, no futuro, voltar a le-lo e reafirmar minha confiança de que sim, o Brasil é possível e tem futuro. Tudo que diz o Coimbra nele não sera mais verdade.

Tola Esperança? Ingenuidade? Não, otimismo em demasia.

Mas como é bom sonhar, não?



"Uma bandeira fincada no morro


Lembro daquela bandeira do Brasil hasteada bem alto em um morro do Rio no ano passado. Os brasileiros olhavam para aquela bandeira e se emocionavam. Ali tremulava o símbolo do Estado que retomava o território outrora ocupado pela bandidagem. O povo simples e ordeiro enfim podia andar em paz pelas favelas, livre do exército do tráfico que o oprimia diariamente.

Lembro do país em uníssono festejando as ações das forças de segurança, as cenas que deixaram o mundo perplexo: bandidos aos milhares esgueirando-se feito baratas pelos caminhos de terra dos morros, fugindo sem camisa, mas com fuzis nos ombros nus, embretando-se nos matagais, empoleirando-se em camionetes, sumindo. Houve quem proclamasse a “vitória do Bem sobre o Mal”.

Não sou mais esperto do que ninguém. No entanto, sobre esse assunto específico, tinha lá outra opinião. Uma opinião pessimista, cética, francamente desmancha-prazeres. Na época escrevi:

“Se todos aqueles milhares de bandidos forem mortos ou presos, todos eles sem exceção, se TODOS forem eliminados, nada mudará. Em seis meses, os níveis de criminalidade retornarão aos atuais patamares. Porque o fornecimento de material humano para a bandidagem não foi interrompido”.

O fornecimento de material humano não foi interrompido, como se sabe e, como se sabe, dias atrás os bandidos reagiram, travaram combate com a polícia no Morro do Alemão supostamente pacificado e mostraram que continuam fortes e ativos. Desta vez, não se fez tanto alarde. A notícia foi tratada como corriqueira. Pelo seguinte motivo: trata-se mesmo de uma notícia corriqueira.

A ação do Estado, no ano passado, foi elogiável, sim, porque cabe ao Estado a repressão. Mas a repressão incide só sobre a consequência, não sobre a causa. E a causa está, exatamente, no corriqueiro da vida, no que se repete lentamente, inexoravelmente.

O Brasil é um país de famílias desintegradas, de escolas mal geridas e de um Estado sem plano a longo prazo. Parece heroico mandar tropas morro acima para enfrentar o tráfico. Não é. É fácil. Assim como é fácil distribuir o dinheiro como doação em forma de bolsas. A República romana já fazia isso 2 mil anos atrás. O difícil é traçar projetos claros de infraestrutura; é tirar as crianças da rua para colocá-las em escolas sólidas que não sejam conduzidas pelo democratismo; é transformar o problema das drogas em caso de saúde, não de polícia.

O Brasil está sempre combatendo a febre, jamais a infecção. Nunca na história deste país, se prendeu tanto, e a criminalidade continua firme. Nunca na história deste país, o Estado distribuiu tanto dinheiro aos pobres, e a pobreza continua firme. Nunca na história deste país, se protestou tanto contra a corrupção, e a corrupção continua firme. As causas continuam lá, impávidas, mesmo que as consequências desapareçam por algum momento. Um breve momento. Tudo voltará a ser como sempre foi, no Brasil, porque, na essência, o Brasil continua o mesmo."

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SEMANA FARROUPILHA

Como estou indo comemorar o 20 de Setembro com uma churrascada na casa de minha filha, não posso me demorar aqui.

Gostaria, porém, de fazer alusão a data, muito importante para nós gaúchos. Mesmo tendo perdido esta batalha, gostamos de comemorar os feitos e a bravura do povo nessa época . Inclusive a comemoração é referente ao dia - 20 de Setembro - que foi o dia em que a batalha começou no século XVIII.

Para não cair em redundancia com os jornalistas e escritores profissionais, vou simplesmente deixar aqui um trecho do meu livro, onde provo que nossa dança tradicionalista é tão rica e formosa que faz até um cara sem aptidão nenhuma para o baile se transformar em pé de valsa.

    
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 "Papai, antes de se associar nos clubes Gaúcho , 28 de Maio e no Galerno, associou-se no CTG 20 de Setembro em Santo Angelo. Foi por causa da amizade dele com o pessoal das invernadas.             Eu comecei a frequentar, primeiro com ele e mamãe, depois somente eu e Liliana nas matines dançantes. Aprendemos a dançar todas as danças típicas e dançávamos bem. Por saber dançar bem, gostávamos muito. Na Semana Farroupilha, quando os dois CTGs da cidade montavam seus galpões nas ruas centrais, eu e Liliana esquecíamos de voltar pra casa e quase sempre apanhávamos por isso, como de costume. Mas como os vestidos de prenda eram compridos, se usava meia calça branca grossa e bombachinha por baixo do vestido, escondiam as marcas do cinto nas pernas e no dia seguinte lá estávamos nós a rodopiar nos salões de chão batido, levantando poeira. O CTG, que eramos sócios, fazia seu galpão na esquina da 3 de outubro com a Av. Brasil, a uma quadra de casa. O outro, o Legalista, fazia na esquina da Catedral Metropolitana, a várias quadras de nossa casa. Apanhávamos porque em vez de ficar na esquina de casa, às vistas de nossos pais, íamos seguindo os peões que melhor dançavam, que para nosso azar, eram os dos Legalistas.

Depois de associadas nos clubes sociais, mudamos os hábitos e passamos somente ao rock, como já fazíamos nas casas dos amigos na pré adolescencia. Só voltei a dançar musica tradicionalista depois de casada. Não porque meu marido gostasse ou soubesse dançar mas porque, um dia, matriculei ele num curso de fandango, num CTG. Não aguentava mais pagar mico com a falta de jeito dele até para dançar musica lenta. Ele aprendeu direitinho, mas permaneceu dançando tecnicamente toda a vida. Era muito duro pra dançar qualquer coisa, mas se esforçava porque aprendeu a gostar de saracotear pelo salão. Tanto fazia dança gauchesca como romantica, bolero ou rock. Virou um pé de valsa, não deixava passar quase nenhuma música. Duro, mas pé de valsa. Até que deu pra quebrar o galho."...
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obs.: livro ainda não diagramado nem revisado.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SAUDADE


Em todos os idiomas existem palavras que não possuem tradução para outras língua. Pelo menos não ao pé da letra. Aja visto o nosso termo Saudade. Dizem, muitos, que a palavra não tem tradução em nenhum mesmo, outros dizem que é lenda. Vamos ver:

Alemão:    Sehnsucht ou  heimweh ou ich vermisse dich
Ingles:       I miss you
Espanhol:  te estraño ou te hecho de menos
Italiano:     tu mi manchi

Pelo menos nos citados acima a tradução não é totalmente fiel. A maioria é a tradução de uma frase: Sinto tua falta.

 Mas saudade, no verdadeiro sentido da palavra, quer dizer muito mais. Quer dizer de uma infinidade de sentimentos que se fundem e inundam nosso coração e nossa mente. Quer dizer de alguém ou algo que fica no passado. Quer dizer de lembranças queridas e amadas. Quer dizer de sentir falta. Quer dizer nostalgia, vontade de ver e/ou sentir alguem ou coisas, tristeza misturada com alegria, mas principalmente dor. Sim, porque saudades dói. Para alguns mais, para outros menos,mas dói de qualquer maneira.

Será que nas outra linguas esse misto de sentimentos que se fundem seriam corretamente traduzidos? Creio que não.

Saudade não é uma palavra, é uma oração. Não uma frase, mas um parágrafo. Não um sentimento, mas muitos. E todas essas formas iguais e diferentes de descreve-lo, só tem uma particularidade: Dor.

Não uma dor doída e amarga, mas uma dor suave e ligeiramente masoquista. Quando a sentimos, nosso coração aperta e nosso corpo vibra. Nossa mente divaga e nossos olhos umedecem. E todo nosso ser anseia por resgatar algo que, no momento desse sentimento, nos parece tão intangível, tão inatingível, tão distante mas tão docemente doído e cheio de esperança.

Essa miscelanea de sentimentos tem me acompanhado durante este ano todo. Acredito que vá me companharpor toda a vida. E não vai adiantar eu me mudar para Florianopolis, onde estão as causas desse sentimento, porque aqui ficarão outras que me farão sentir a mesma coisa lá.

O que tenho, e todos que tem saudade devem ter, é  que seguir em fente com a vidinha e aninhar no  peito com carinho esse sentimento que veio para ficar.

Ainda bem que ele é aplacado, de tempos em tempos, que é quando  renovo minhas forças para voltar a sentí-lo novmente.

Além dessa saudade mais recente, tenho outras. Umas muito mais antigas, outras menos, mas todas doídas. Boas, mas doídas.

Então, em portugues, em espanhol, em italiano ou alemão, pode não existir a tradução literal para saudade, mas em todos os idiomas e em todos os povos, se tem um sentimento universal que engloba muitos e é igual para todos, esse é Saudade.

Não existe nenhuma palavra ou sentimento que seja tão único, simples e complexo tão abarcante do que esse. Amor, ódio, carinho, amizade, inveja, mentira, alegria, tristeza e muitos mais, são sentimentos de fácil tradução e que querem dizer exatamente isso que sua palavra diz. Porém Saudade é aquele que engloba quase todos e é por isso que dói. Preciasamos ter força para carregar tantos sentimentos juntos dentro do peito. Uma só palavra, infinitas definições.

E aja coração!







segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CARATER


Falei outro dia, ou melhor, colei aqui uma publicação sobre a índole do povo brasileiro. Publiquei como alerta e também como galhofa.

Embora eu tenha me divertido com isso, valeu o alerta. Porém fiquei meio tristonha ao constatar que isso é verdadeiro e corriqueiro conosco. Será que tinha jeito? me perguntei. 
                                 
Estava quase me rendendo ao fato de que o nosso povo é mesmo dado ao "jeitinho", a corrupção, a propina, a safadeza, a desonestidade, etc. Mas eis que recebo uma visita virtual de uma amiga recente, muito querida, com problemas conjugais e que gostaria de papear para "botar pra fora". Atendi com muito boa vontade, já antevendo o que seria: Alguma rusga boba por motivos tolos, já que eles são jovens. Coisa fácil de ajudar a resolver, dada a minha longa experiencia de vida.

Ledo engano meu. Tive a maior e mais grata surpresa que poderia esperar. Minha fé e esperança no povo brasileiro que estava momentaneamente abalada, reacendeu-se e pude visumbrar um outro brasileiro que ainda existe por ai e que, ao contrário de alguns, para não dizer de muitos, nos faz acreditar que sim, nossa juventude não está perdida. Na nossa juventude, em alguns, espero que em muitos, está um futuro menos vil e menos abjeto do que o que vemos diariamente na midia e nas ruas deste país.


Ocorre que minha amiga tinha decepcionado-se com uma atitude do maridão que fugia aos padrões de moral, bons princípios e norma de conduta que estava habituada, não só da parte dela mas do próprio maridão. E estava em profunda crise, sem saber como abordar o assunto sem melindres com o amado. Ela tinha o maior orgulho dele pelo carater que julgava que ele possuia. E agora estava sinceramente abalada pensando se realmente conhecia a pessoa com que havia se casado.

Pois bem, quando ela me contou do que se tratava, cai pra tráz. Era uma brincadeira tola, uma traquinágem de guri. Coisa que todo mundo faz alguma vez na vida, no colégio,  na rua.

Ainda bem que ela continuou a falar e a se lamentar sobre o fato ocorrido, que deu tempo de assimilar o fato e ver a qualidade da pessoa que tinha na minha frente.

Eu que estava pronta a dizer a ela que era uma bobagem, que não deveria dar importancia a algo tão tolo, me vi apoiando sua tristeza ao constatar que ela tinha razão. Sim, ela tinha razão. É nas pequenas coisas do dia a dia que vemos a formação e o carater do ser humano. Não estava eu a publicar, inclusive o ultimo post antes deste, sobre as mazelas de um povo tão "lei de Gerson" como o nosso? Então, tive que concordar com ela. Cade a essencia, cade o carater, cade a lizura de atitudes? Onde foram parar? Quero poder olhar no olho do parceiro e ver um horizonte limpido la adiante. Quero me orgulhar do parceiro. Quero me orgulhar de minhas escolhas. E é nesses pequenos atos de "levar vantagem", no dia a dia do povo, que nota-se onde vamos chegar. É disso que  minha amiga estava falando. É disso que minha amiga estava se perguntando. Numa pequena coisa o comportamento foi esse, como será numa grande? É disso que minha amiga tinha medo. Medo do futuro.

No final,  não sei se consolei ou fui consolada, mas sai dessa conversa de alma lavada. Lembrei do meu filho e do seu filho, meu neto, que também ja me mostrou a que veio com atitudes similares de repudio ao maucaratismo, não dos personágens públicos, mas do povo comum, daquele do dia a dia. Então minhas dores sumiram. As dores do corpo e as dores da alma. Eu podia ,quando partir, ir em paz. Não só este povo brasileiro tem futuro, como tem futuro meu neto e os que ão de vir. Nossos filhos, e se Deus quiser ha de ser a maioria, vao livrar este pais da decadencia moral e claudicante dessa imoralidade contumáz porque será com pessoas como minha amiga e meu filho que eu e todo um país haveremos de dormir em  paz.

Obrigada jovem brasileiro por um país melhor. Obrigda por me abrir um horizonte de prespectivas e de esperança num futuro bem mais digno e correto do que hoje nossa geração tem teimado em nos oferecer.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

BRASILEIRO RECLAMA DE QUE?




Tá Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? do Jader Barbalho, Dos políticos distritais de Brasília, do Jucá, do Kassab, dos mais 300 picaretas do Congresso?

Brasileiro reclama de quê
?

O Brasileiro é assim:
A- Coloca nome em trabalho que não fez.

B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
C- Paga para alguém fazer seus trabalhos na escola.
e ainda:

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: emprego de parente, areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. - Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.

7. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
8. - Leva o carrinho do Supermercado prá casa e não devolve.

9. - Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.

10. - Viola a lei do silêncio.

11. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

12. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
13. - Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.

14. - Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

15. - Faz "gato” de luz, de água e de TV a cabo.

16. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

17. - Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.
18. - Sonega aluguel de imoveis para a Receita Federal

19. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

20. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.

21. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

22. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

23. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

24. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

25. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

26. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

27. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

28. - Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

29. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clips, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

30. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

31. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

32. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

33. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

E quer exigir que os políticos sejam honestos???....

Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra das passagens aéreas...


Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior!
Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."